Publicado em 1944, E no Final A Morte é um livro de Agatha Christie um pouco diferente dos demais da autora. O início é tedioso e confesso que por alguns instantes pensei em abandonar a leitura, mas minha força de vontade de ler todos os livros escritos pela Rainha do Crime, falou mais alto.
A história que no início parecia insossa, se revelou intrigante e, E no Final A Morte tornou-se um dos livros mais incríveis que já li da autora.
A trama narra a história de Renisenb, uma jovem viúva que retorna para a casa de seu pai, Imhotep, um sacerdote de Ka, acreditando que tudo e todos são tão iguais quanto ao se casar, oito anos antes. No entanto, tudo muda quando seu pai retorna de uma viagem acompanhado de Nofret, uma bela mulher que se torna sua concubina. Gananciosa e provocativa, Nofret consegue despertar nos familiares do sacerdote os mais perversos sentimentos. Irritado, Imhotep ameaça deserdar todos eles.
Os ânimos dos familiares de Imhotep ficam ainda mais exaltados. E então, Nofret é encontrada morta. À princípio todos pensam ter sido um acidente, mas logo outros familiares de Imhotep morrem misteriosamente. Renisenb começa a crer que as mortes são uma vingança sobrenatural, mas ela sabe que também está na mira de um assassino frio e calculista, e o mesmo está muito perto dela.
E no Final A Morte é uma história envolvente e apaixonante. A trama é intrincada e os diálogos bem construídos nos instigam a devorar o livro em poucas horas. Agatha Christie criou uma história tão elaborada que a cada página mudamos de opinião. Ora acreditamos que o assassino seja determinado personagem, mas assim que viramos a página, recebemos novas informações nos fazendo acreditar que outro personagem seja o culpado das mortes. E assim segue até a revelação final, que aliás, é surpreendente.