A década de 80 nos presenteou com ótimos filmes e Gremlins é um desses clássicos que marcaram a infância de muitas pessoas, inclusive a minha. Sempre tive animais de estimação, e quando assisti o filme pela primeira vez (tinha uns 8 anos de idade), queria muito ter um mogwai, o Gizmo é uma gracinha, claro que iria cuidar muito bem dele, jamais alimentaria depois da meia-noite e jamais deixaria chegar perto da água, porque ter um gremlin em casa é algo que ninguém gostaria. Enfim, coisas da infância que faz um bem danado relembrar.
O filme foi inspirado numa lenda americana: um gremlin seria um ser pequeno, feio e malvado. No imaginário popular, cada casa possui o seu gremlin, e o cargo seria hereditário, passando de gremlin pai para gremlin filho. São esses bichinhos que fazem as coisas desaparecerem, derrubam o pão com a parte da manteiga para baixo, fazem a gente errar o prego e acertar o dedo com o martelo. Diz ainda a lenda, que eram criaturas boas, que ajudavam os humanos a inventar coisas. Entretanto, os bichinhos passaram a ter inveja dos humanos que levavam todo o crédito pelas invenções. A partir daí eles se tornaram realmente maus. Bem interessante essa lenda.
O filme é conhecido por muitos como uma produção infantil, no entanto, Gremlins é repleto de piadas adultas e recheado de humor negro. Em determinado momento, a personagem Alex (Arnie Moore) explica para o namorado Billy por que odeia tanto o Natal. Ouvir o relato da moça deixa qualquer adulto traumatizado, imagina então uma criança.
Assistir Gremlins é embarcar numa viagem muito louca, essas criaturas fofinhas, sensíveis à luz, que molhadas se multiplicam e que alimentadas após a meia noite se transformam em seres endiabrados que não poupam ninguém, são sinônimos de vários sustos e muitas gargalhadas.