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A Forma da Água (The Shape of Water, 2017)

 Durante os 123 minutos de A Forma da Água eu vi(vi) todas as sensações que a obra transmite, foi um turbilhão de emoções. É uma fábula com toques sombrios, também é uma belíssima história de amor, Elisa e o Homem-Anfíbio são o espelho da sociedade moderna, diferentes entre si, mas que se reconhecem quando se encontram por terem um passado semelhante, de desprezo e exclusão. 

O cineasta Guillermo Del Toro nos presenteia com mais uma fantasia de excelência, entretanto, o diretor cria um ambiente dualmente realista e surrealista. A fantasia se completa com a realidade e vice-versa. A história se passa no auge da Guerra Fria, o medo de espiões russos deixa os americanos em alertas 24 horas por dia. A disputa entre as duas grandes potências provoca o aprisionamento da lendária criatura, o Homem-Anfíbio é um deus para os nativos da América do Sul. 

A Forma da Água é um filme de espionagem, mas acima de tudo é um romance de fantasia. Que belíssimo jeito de contar uma história atemporal. Os cenários são um charme à parte, nos remete ao cinema clássico. O prédio aonde Eliza e seu vizinho Giles moram fica localizado acima de um velho cinema, daqueles com estrutura de anfiteatro e desperta uma vontade imensa de querer visitar. O filme é recheado de referências e homenagens ao cinema. 

O roteiro é previsível, mas a experiência de assistir é única. Emotivo sem ser piegas. Um romance incomum, improvável à primeira vista (ela = humana - ele = anfíbio) mas ambos se completam de tal forma que passamos a acreditar que eles eram da mesma espécie. Um amor tão bonito de ser visto, raro nos dias de hoje porque transmite pureza de sentimento. É um filme feito para os sensíveis, para os sonhadores, para os sensoriais, para aqueles que ainda acreditam na beleza do amor e nas sutilezas da vida. Para conhecer o filme acesse o IMDb

filmes
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