Assuntos e Achados da Scheila

  O Bom Vizinho  é um bom filme para quem gosta de suspense à moda antiga. O conceito é batido, já foi feito inúmeras vezes e o roteiro não acrescenta nada de novo, ainda assim é tenso o suficiente para te manter preso na trama até o fim.  A história gira em torno de jornalista americano que aceita um trabalho na Letônia. Depois de fazer amizade com o vizinho sua vida se transforma em um caos, ele então descobre que o novo amigo está longe de ser um bom vizinho. Histórias assim se desenvolvem de maneira bastante genérica, sem novidades e nem originalidade. No entanto, o que diferencia nos filmes deste tipo de suspense é a maneira como a história é contada. Por mais previsível que seja, a trama consegue ser envolvente quando tem um roteiro bem escrito e bem atuado. Não é memorável, mas é assistível. Para conhecer o filme acesse o  IMDb Luke Kleintank e  Eloise Smyth

 Em um mundo onde o imediatismo tornou-se uma regra, feliz é aquele que ainda contempla as estrelas. (Scheila F. Scisloski) Artista Loliefeather

  Nada a Esconder   é uma comédia com toques de drama, divertido e igualmente reflexivo. O enredo aborda de maneira descontraída questões bastante delicadas sobre relacionamentos. Na trama, os integrantes do grupo são amigos de longa data, porém não se conhecem profundamente, são meros conhecidos entre si. Um  jogo, aparentemente inofensivo, serve para derrubar as máscaras, afinal, cada membro do grupo possui segredos, irreveláveis até para os melhores amigos. Conforme a noite vai passando e o eclipse lunar se intensificando, o conteúdo dos celulares vai sendo revelado. O embaraçoso jogo desnuda os personagens. Revelações surgem juntamente com as discussões, brigas e mal-entendidos. O filme inicia um pouco lento, mas conforme a história se desenvolve torna-se envolvente, é difícil não ficar curioso para ver até onde os participantes levariam o jogo. Só o final, um tanto místico, envolvendo o eclipse solar, dificilmente convence.  Para conhecer o filme acesse o  IMDb

 O segredo para manter a paz de espírito é trocar preocupação por ocupação. Ocupar o tempo com coisas que faz bem bem. Ocupe a mente com bons pensamentos. Ocupe o coração somente com sentimentos nobres. A alma fica leve e o corpo agradece. (Scheila F. Scisloski) Artista Snehal Pendurkar

 Confesso que estava bastante receosa em relação ao filme, sou fã de Lovecraft e temia ficar decepcionada, dentre todos os contos que já li do escritor,  A Cor que Caiu do Espaço  é o meu preferido, mas contrariando a baixa expectativa que tinha, acabei surpreendida com o que assisti. É um filme bem feito, tanto na estética quanto no roteiro, a direção é segura e as atuações são boas, Nicolas Cage está ainda mais insano. Funciona muito bem como um filme de terror, diferenciando-se da maioria dos filmes do gênero ao apostar em um visual marcante e no horror psicológico. Traz uma paleta de cores sombrias criando efeitos assustadores, a "cor" (que não deveria ter cor definida, visto que no conto não é especificado nenhuma cor) em tons de roxo/rosa neon cria uma estética deslumbrante. Quem conhece as obras de Lovecraft sabe que é dificílimo adaptar seus contos repletos de eventos cósmicos e criaturas inimagináveis, mas  A Cor que Caiu do Espaço  consegue trazer ao público um pouc

  Cidade de Gelo  é um melodrama histórico russo que aposta na magia dos contos de fadas e traz ao público uma história de amor convincente que se passa na bela São Petersburgo às vésperas da modernização. É mágico, envolvente e delicioso de assistir. O enredo não tem nada de original, podendo ser considerado um clichê (um rapaz pobre que se tornou um batedor de carteiras encontra uma donzela aristocrata e a salva de um casamento arranjado para que ela possa seguir uma carreira científica em Paris),  mas as cenas de ação e os cenários deslumbrantes (dignos de contos de fadas) o transformam em um filme único. O roteiro também levanta questões de desigualdade social, política, religião, igualdade de gênero, amizade, relações familiares, honra, amor e traição, aceitação e rejeição pela sociedade. Mas, acima de tudo,  Cidade de Gelo  é sobre olhar sempre para frente, sem arrependimentos ou amarguras. Tudo funciona muito bem neste filme, o elenco é talentoso, a fotografia hipnotizante, a di

  Aulas Mortais  se destaca da maioria dos filmes do canal Lifetime por ter um roteiro bem desenvolvido, direção competente e atuações decentes. A reviravolta final é inteligente. O ponto alto do filme fica na questão moral da protagonista, quando o peso na consciência começa a perturbá-la, ela percebe que seria impossível conviver com aquela mentira. Não é um grande suspense, mas a tensão e o drama estão bem equilibrados. Para conhecer o filme acesse o  IMDb Jacqueline Scislowski