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A Forma da Água (The Shape of Water, 2017)

 Durante os 123 minutos de  A Forma da Água  eu vi(vi) todas as sensações que a obra transmite, foi um turbilhão de emoções. É uma fábula com toques sombrios, também é uma belíssima história de amor, Elisa e o Homem-Anfíbio são o espelho da sociedade moderna, diferentes entre si, mas que se reconhecem quando se encontram por terem um passado semelhante, de desprezo e exclusão.  O cineasta Guillermo Del Toro nos presenteia com mais uma fantasia de excelência, entretanto, o diretor cria um ambiente dualmente realista e surrealista. A fantasia se completa com a realidade e vice-versa. A história se passa no auge da Guerra Fria, o medo de espiões russos deixa os americanos em alertas 24 horas por dia. A disputa entre as duas grandes potências provoca o aprisionamento da lendária criatura, o Homem-Anfíbio é um deus para os nativos da América do Sul.  A Forma da Água  é um filme de espionagem, mas acima de tudo é um romance de fantasia. Que belíssimo jeito de contar uma história atemporal. O

Tentação Proibida (Cosi Come Sei, 1978)

  Tentação Proibida  é um drama romântico italiano que conta a história de um homem de meia-idade preso em um casamento morno que ao conhecer uma jovem universitária recorda de um amor ardente vivido na adolescência. Ele fica fascinado pela jovem, mas essa história de amor proibido torna-se praticamente impossível quando surge a possibilidade do homem ser pai da garota. É interessante acompanhar a luta do personagem entre o dilema do incesto e o desejo ardente que sente pela garota. Apesar do enredo ser polêmico, a maneira como foi executado torna-se um pouco mais palatável. Também há muitas cenas de nudez, duas delas se destacaram pela estranheza que causaram em mim. As atuações de  Nastassja Kinski  e  Marcello Mastroianni  e a trilha sonora marcante de Ennio Morricone são os grandes destaques do filme.  Para conhecer o filme acesse o  IMDb Marcello Mastroianni e  Nastassja Kinski

Paixão Sufocante (Sous Emprise, 2022)

  Paixão Sufocante  traz a história de uma mulher que tenta encontrar um propósito na vida. Surge então um homem que lhe mostra um caminho, ela o segue sem questionar. Ao perceber que fez a escolha errada, tenta se desvencilhar, sem sucesso. O desfecho é desconcertante, principalmente por ser inspirado em uma história real. A história da recordista mundial de mergulho Audrey Mestre merecia ganhar um filme para servir de alerta para outras mulheres que vivem em relacionamentos tóxicos, mas a maneira como a história foi contada não desperta interesse. Tinha potencial, mas faltou explorar mais a história. O filme soa vazio e desinteressante, uma pena porque o tema abordado é de grande relevância. Para conhecer o filme acesse o  IMDb Camille Rowe e  Sofiane Zermani

Água para Elefantes (Water For Elephants, 2022)

  Água para Elefantes superou minhas expectativas. O fascínio do filme está nos personagens, com seus sentimentos reais e tocantes. Há tanto amor entre Jacob e Malena que ficamos aflitos e receosos, torcendo a todo momento para que eles consigam encontrar uma solução para viver uma linda história de amor.  O diretor Francis Lawrence conseguiu transportar do livro para a tela todas as nuances do romance proibido e também mostra sem filtro as maldades que aconteciam por trás dos picadeiros. Não há encanto no circo, a mágica dos espetáculos são ilusórias, nos bastidores há crueldades, violência e maus-tratos praticados contra os animais. As injustas agressões que Rossie sofria são de cortar o coração. Os personagens são complexos, especialmente o trio principal. Christoph Waltz interpreta um homem escroto, fazendo com que sintamos os piores sentimentos em relação a ele. Reese Whiterspoon está ótima como uma sobrevivente vivendo em um casamento de aparências. Mas o filme é todo de Robert

13 Minutos de Tormenta (13 Minutes, 2021)

  13 Minutos de Tormenta  não é necessariamente um filme sobre desastre natural, a abordagem é mais focada no drama familiar que na catástrofe em si. A trama acompanha um grupo de pessoas que tem suas vidas entrelaçadas durante um dia fatídico. Os personagens são bem desenvolvidos e isso nos faz sentir empatia por eles. Só não espere efeitos especiais surpreendentes, porque não há, ainda assim a tempestade foi bem elaborada. É um bom filme que traz uma abordagem diferente do venerado gênero de filmes-catástrofe. Para conhecer o filme acesse o  IMDb

Chama da Fé

 Querido Deus, ajude-nos a manter a chama da fé acesa em todos os momentos, especialmente naqueles que somos testados. Ajude-nos a não esmorecer diante das adversidades. Seja nosso amparo para que nenhuma circunstância possa nos derrubar. Assim seja! (Scheila F. Scisloski) Artista Nataliya Lukomskaya

Pessoas Verdadeiramente Leais

 Em um mundo que predomina sorrisos forçados e elogios falsos, feliz é aquele que tem ao seu lado pessoas verdadeiramente leais. (Scheila F. Scisloski) Artista Jennifer Zivoin

Desvendando o Natal (Unlocking Christmas, 2020)

  Desvendando o Natal  não apresenta nada de novo dentro da temática natalina, mas é um filme que transborda calor humano. À medida que a história avança, conhecemos a rotina dos personagens e simplesmente nos apaixonamos por suas histórias de vida.  Quando Dra. Kate Stafford decide fazer residência em ortopedia no Cedar Park Hospital , ela não imaginava o quando sua vida ia mudar. Ao desembarcar na nova cidade, ela é contagiada pelo espírito natalino que habita nos moradores. Kevin também está de volta a cidade depois de sofrer um acidente de trabalho. Ambos se esbarram, faíscas surgem. Os dois se tornam próximos quando uma chave com enigmas são colocados em suas portas. Enquanto tentam resolver o mistério de Natal, Kate e Kelvin desenvolvem um relacionamento baseado em conversas calorosas e divertidas. Os diálogos são alegres e crives, nada meloso ou dramático demais. O elenco todo entrega performances convincentes. O casal principal tem química e isso nos faz torcer por eles. É um f

O Sacrifício (Sacrifice, 2020)

 Assisti O Sacrifício   por causa da atmosfera lovecraftiana, gosto das sensações que o horror cósmico de Lovecraft desperta, mas fiquei decepcionada. O filme começa bem, o mistério inicia ao mostrar uma mulher ensanguentada fugindo com o filho de algo ameaçador, conforme a trama avança, decai consideravelmente. Faltou criatividade e vontade de explorar melhor o roteiro.  Conta a história de um casal que viaja até uma remota ilha norueguesa para reivindicar uma herança deixada por um familiar. Entretanto, a viagem que deveria ser agradável, rapidamente se transforma em um grande problema quando eles presenciam um culto de adoração uma divindade que vive no mar. Nota-se alguns elementos lovecraftianos, mas a repetição dos sonhos torna a trama cansativa e os sustos forçados não convencem. O que salva do total desastre são os cenários com vastas paisagens dos Fiordes e um clima de que algo errado acontece naquele lugar.  Para conhecer o filme acesse o  IMDb Ludovic Hughes e  Sophie Steven

Um Conto Sangrento (Red Snow, 2021)

  Um Conto Sangrento  é uma comédia de terror espirituosa onde nada deve ser levado a sério. Assisti sem nenhuma expectativa e me surpreendi, é um bom filme. O enredo se destaca por trazer uma certa originalidade aos filmes de terror de Natal.  Conta a história de uma romancista de contos vampirescos que decide passar o Natal sozinha no chalé de sua família situado nas montanhas de Lake Tahoe. Certa noite, um morcego ferido bate contra sua janela. Ela  recolhe o animal ferido para dentro de sua casa e cuida dele até que se reestabeleça e possa voltar a natureza. Na manhã seguinte, Olivia é surpreendida por Luke, um vampiro. Sem pensar muito, a escritora decide ajudá-lo. Ela o alimenta com sangue de porco e logo o vampiro recupera suas forças. Em troca dos cuidados, o vampiro se oferece para auxiliá-la na escrita do seu romance. Uma amizade improvável surge. É um filme bem escrito e atuado. Os personagens não são exagerados, nem caricatos. Há uma ou outra cena sangrenta, mas nada muito